A mãe nasce junto com o filho: essa é uma verdade absoluta. Quando um filho nasce a nossa vida de mãe se inicia; e a nossa vida como um todo se reinicia! A sensação é de um grande "restart"... é como se apertássemos um botão como fazemos no computador e começássemos tudo de novo, do zero.
Tudo é novo, as prioridades mudam, a rotina muda completamente e o bebê se torna o rei da casa! E como poderia ser diferente? Quem não baba naquela coisinha fofa, indefesa, linda? É o momento que nos sentimos participantes do milagre da criação divina.
O momento que nossos filhos nascem não pode ser comparado a outro momento da vida. O primeiro choro, o primeiro sorriso, o mundo se torna mais lindo e a nossa vida mais feliz.
É claro que a adaptação da nova mamãe com o bebê não é fácil. A pega correta, a duração da mamadas, as trocas de fraldas, as noites sem dormir... mas tudo vale a pena.
Quando o bebê já está mamando bem e já conseguimos manter uma certa rotina, a amamentação se torna um momento mágico, de olhar nos olhos e saciar a fome do nosso filho, com muito amor, carinho e chamego!
A cada dia aprendemos uma coisa nova, ouvimos vários palpites mas no final é o nosso coração de mãe que fala mais alto, e fazemos sempre o que julgamos correto. Mesmo porque cada mamãe e cada bebê é único e não há regras nem perfeição, há sim muito amor envolvido.
Quando estamos gravidas fazemos muitas pesquisas sobre as dúvidas, lemos muito, preparamos enxoval mas nada é como quando o bebê nasce. A cada dia descobrimos do que ele gosta, o que podemos e não podemos fazer e até encontramos formas novas de fazer tudo na nossa vida pois não sabemos do que somos capazes até nos tornarmos Mães!
Os únicos conselhos que dou a todas as mães são: ouça sempre o seu coração e faça o que você acha certo. Pois palpites e críticas serão frequentes!
O que muda no começo? O que mais preocupa uma mãe?
O que muda no começo? O que mais preocupa uma mãe?
A única e maior preocupação que realmente incomoda todas as mães no inicio é a amamentação: o bebê está mamando certo? Ganhando peso? O que estou fazendo de errado? São perguntas que ressoam na nossa cabeça...
Nada realmente nos prepara para amamentar; antes do meu primeiro filho nascer fui a um banco de leite materno receber orientações, mas só depois que o bebê nasceu foi que vieram as dificuldades. Não é fácil no começo e, na verdade, as vezes é muito difícil o aleitamento e o melhor que fazemos é procurar ajuda. Não é fácil encontrar orientação. A maioria dos obstetras e pediatras não estão preparados para esclarecer as questões sobre amamentação. Então acabamos tendo que buscar de fora, mas onde encontrar?
Por experiência própria e pela vivência de algumas amigas percebi que o melhor lugar é o banco de leite humano. Lá recebemos orientação de profissionais que sabem tudo sobre amamentação. Outra boa opção seria contratar uma consultora particular.
Não se pode deixar de falar sobre amamentação, quando se fala de vida de uma nova mãe, certamente esta não é a única dificuldade que vamos ultrapassar. Porém é a que mais inquieta o nosso coração.
O que muda na vida pessoal? O que muda na vida como um todo?
O que muda na vida pessoal? O que muda na vida como um todo?
Acredito que tudo muda um pouco na nossa vida de mãe: o trabalho, a vida como casal, a vida social e amigos, a nossa relação com nossos pais e como os enxergamos:
Trabalho: a visão que temos do nosso trabalho e a importância que damos a ele também muda, como tudo em nossa vida. A licença maternidade e o tempo que passamos somente com os nossos bebês faz a gente pensar em não voltar a trabalhar, a reduzir a jornada de trabalho ou mesmo tentar trabalhar em casa.
Eu acredito que não há certo ou errado, nós temos que ver o que é melhor para o nosso filho e para nós. Não adianta uma mãe ficar em casa o tempo todo e se sentir sufocada, querer muito trabalhar fora e ficar frustada.
Eu também trabalhava fora antes do João Gabriel nascer mas como já estava querendo mudar de trabalho ou de área aproveitei para sair depois da licença maternidade. É claro que meu marido e eu tivemos que fazer as contas e pesar direitinho... mas acho que eu realmente não conseguiria deixar o bebê com apenas 3 meses a não ser que o meu salário fosse essencial para o sustento da família... mas apertando as contas deu tudo certo!
Adiantando um pouco os legumes até a Sofia dormir |
É claro que 1 ano depois eu senti necessidade e voltei a estudar, comecei a fazer outra faculdade, fui para a área da educação que sempre me interessou muito e quando meu filho tinha 2 anos e meio comecei a fazer estágio no período que ele ficava na escolinha. Foi muito bom para o meu filho o convívio com outras crianças mas é claro que sempre tem algumas desvantagens como ficar mais doente e aprender a comer guloseimas mais cedo...
Agora estou terminando a faculdade mas tive que parar o estágio na prefeitura quando minha filha nasceu. Corri para fazer todo o estágio obrigatório, entregar TCC e horas complementares antes dela nascer e deu certo. Agora ela já está com um ano e eu repensando o que vou fazer daqui pra frente.
É uma decisão difícil para todas as mulheres, para quem trabalha tempo integral fora, para quem trabalha meio período fora de casa, para as que optam por trabalhar em casa e ainda mais para as que optam por ficar em casa e trabalhar exclusivamente para a família. Pois não é fácil cuidar de uma casa e de um bebê. O trabalho em casa não tem hora pra começar e terminar. Eu brinco com meu marido que trabalho 18 horas por dias! Não que ele não ajude, pelo contrário, ele é um pai participativo, presente e um marido companheiro.
Prioridades: nossa, como mudam as nossas prioridades! A nossa vida vira de cabeça pra baixo. E como seria diferente? Acho que durante o primeiro ano de vida do nosso filho, a prioridade acaba sendo sempre ele. Depois com o tempo vamos adaptando e conseguindo cuidar mais da gente.
Mas de qualquer forma as crianças são sempre prioridade pois eles precisam de nós, são indefesos, livros em branco que nós escrevemos e cuidamos. O desafio é cuidar de nós mesmas sem deixar de cuidar bem deles. Depois do segundo filho já estou mais descolada, consigo me virar melhor mas ainda não é fácil.
Sempre levanto a mesma hora que meu marido levanta para trabalhar ou no máximo a hora que está saindo. Gosto de tomar banho de manhã e isso faz toda a diferença, seguido de um café sossegada antes da criançada acordar!
A Vida como casal: a vida a dois muda também... pois temos que dividir o nosso tempo com nossos filhos e quando são bebês eles são a prioridade. Demora um pouco para conseguirmos nos adaptar a nova rotina e conseguir um tempinho a sós com nosso marido. Eles sentem falta da nossa atenção mas como nós também ficam apaixonados pelos pequenos e tudo acaba se acertando. Com o tempo a vida em família se torna harmoniosa e natural, quando percebemos tudo se encaixou.
É claro que nem tudo são flores, e sempre há percalços mas com paciência tudo se acerta. Pois nós mulheres sabemos que no fim das contas somos responsáveis em grande parte se tudo dá certo ou não. Parece que já nascemos com essa carga genética que nos ajuda a administrar tudo; mas nem por isso devemos fazer tudo sozinhas mas sim contar com a ajuda de nossos parceiros na tomada das decisões e nas divisão das tarefas.
Vida social e amigos: acho que a vida social é uma das coisas que mais mudam em nossas vidas. Os amigos verdadeiros continuam, já não vemos com tanta frequência mas eles estão ali sempre a nos ajudar quando precisamos. É claro que convivemos mais com os amigos que, como nós, já tem filhos e os programas em famílias e festinhas de aniversário de crianças se tornam as nossas atividades sociais.
De vez em quando conseguimos um tempinho pra sair a sós, mas isso requer uma certa organização e disponibilidade da família em ajudar. Acredito que isso seja muito importante, principalmente em datas especiais para os dois como aniversário de namoro, de casamento ou até mesmo dia dos namorados.
Como se tornar pai e mãe muda nossa relação com nossos pais e a maneira como os enxergamos? Muda e muda muito, acho que só entendemos muitas coisas que nossos pais fizeram ou nos falaram quando temos nossos próprios filhos. Entendemos o amor incondicional que nossas mães sentem por nós e por nossos irmãos. O cuidado, o medo de que alguma coisa ruim nos acontecesse! E muitas vezes agimos com nossos filhos como nossos pais agiam com a gente; é claro que tentamos imitar apenas os acertos dos nossos pais mas as vezes nos deparamos fazendo os mesmo erros pois também somos humanos e aprendemos a cada dia o que é melhor para nós e nossos filhos.
Como é difícil criar filhos com amor e carinho, ensinar e dar limites; Mas é uma eterna aventura que reiniciamos a cada nascimento de um novo filho. Digo "eterna"pois os filhos são pra sempre, mesmo que cresçam e tomem rumos diferentes dos nossos sempre serão nossos filhos queridos, nossos bebês que embalamos muitas noites e esses momentos ficam guardados em nossos corações pois não há maior maravilha no mundo que a família!
A cada nascimento de um filho, vivemos um reinício por completo. Toda a vida que conhecíamos muda e temos que nos adaptar e nos preparar para esse mais novo integrante da nossa família. E uma nova aventura se inicia!