sábado, 3 de agosto de 2013

Introdução Alimentar do bebê aos 6 meses

Quando o bebê completa 6 meses e chega a hora da introdução alimentar as mamães como eu ficam super ansiosas, nos preparamos, pesquisamos, pensamos nos melhores alimentos e nos dedicamos para fazer uma papinha deliciosa para os nossos pequenos, e ficamos pensando que logo de cara eles irão bater um pratão, o que nem sempre acontece. Pois bem, com o meu tempo de mamãe e as experiências que vivi, gostaria de compartilhar com vocês um pouco do que aprendi e também as experiências pelas quais eu passei.
Quando um bebê é amamentado até os 6 meses com leite materno, ou em alguns caso com uma formula infantil, o único alimento que conhece é liquido e dado no colinho da mamãe, sentindo seu cheiro e recebendo todo o seu carinho. A introdução de um alimento solido nem sempre é bem aceita pelo bebê pois ele passará a receber esse novo alimento em um objeto estranho que é a colher, e além disso vai conhecer e experimentar novos sabores e texturas.



Meu bebê mamou exclusivamente no peito até os 6 meses, e quando iniciei a introdução alimentar iniciei pelo suco de laranja lima e depois pelas frutas que fizeram muito sucesso, porém quando chegou na hora da introdução da papinha salgada ele não aceitou, cuspia, cerrava a boquinha e quando aceitava parecia que dava ânsia e ele engasgava. Todos os pediatras e nutricionistas orientam a não bater a papinha no liquidificador, e eu é claro segui a recomendação amassando com o garfo porém sem obter sucesso algum. Então entrou em cena a formosa “intuição de mãe” e resolvi por minha conta fazer uma adaptação para o meu bebê, que depois foi aprovada por um dos seus pediatras que é nutrologo. Seguindo contra toda as recomendações bati a papinha no liquidificador, deixei bem ralinha como se fosse um caldinho e fiquei feliz da vida pois ele comeu tudinho! Então o que eu fiz depois foi oferecer bem ralinha por alguns dias e depois ir engrossando aos poucos e para fazer a transição para a amassada comecei a bater apenas metade da papinha no liquidificador e misturar com a outra metade amassada até passar apenas a cozinhar até a amolecer bem os ingredientes e não precisar a bater mais! Outra dica boa é iniciar passando a papinha em uma peneira assim não fica nenhum gruminho que pode causar a ânsia.
IMPORTANTE: 
De acordo com o manual da SBP:"Os sucos naturais devem ser evitados até 1 ano de idadem mas se forem administrados que sejam dados no copo, de preferência após as refeições principais, e não em substituição à estas, em dose máxima de 100ml ao dia, com a finalidade de melhorar a absorção do ferro".

Agora vamos a algumas dicas de alimentação para o dia a dia:


  • Não se desespere se seu bebê apenas mamar e não comer hoje, ele não vai ficar desnutrido se apenas mamar e não comer hoje. Com o tempo ele aceitará os novos alimentos. E se lembre que o leite materno deve ser o principal alimento do bebê até 1 ano de idade. A alimentação complementar como o próprio nome já diz vem para complementar o leite materno. E não adianta você achar que desmamando o seu bebê que ele vai comer um prato do tamanho que você deseja, isso só vai acontecer quando ele já estiver acostumado a nova alimentação pois cada criança é única e a aceitação de uma nova alimentação varia de criança pra criança. 
  • Jamais force o bebê a comer, esse é um dos maiores erros que acontece nesse início de alimentação complementar, forçar só serve para deixar a mamãe e o bebê estressados! Portanto, tenha muita, muita, muita paciência! 
  • Deixe seu bebê desde o começo livre para experimentar as texturas, os legumes bem cozidos são ótimos para serem dados em suas próprias mãozinhas pois sujar faz parte dessa aventura. 
  • Temperos naturais são um grande aliado, comida sem graça ninguém merece, seu bebê precisa comer uma comidinha deliciosamente temperada e para que isso aconteça não precisamos do sal.
  • Fique longe dos produtos industrializados, quanto mais natural for a alimentação do seu bebê, mais fácil será sua aceitação. Bebês com paladares viciados tendem a ter maiores dificuldades em aceitar alimentos puros.
  • Por favor, não se desesperem ao ponto de deixar seu filho "passar fome," pra ver se ele vai comer. O que ele comer no início já é lucro, depois complemente alimentação com o leite materno. Importante: Isso só vale para o leite materno, as fórmulas infantis precisam de um intervalo de no mínimo 2 horas para o cálcio não competir com o ferro, atrapalhando assim a sua absorção.
  • Aproveite esse momento com seu filho. Faça do  momento da alimentação algo prazeroso para você e principalmente para seu bebê. Aproveite para acostumá-lo a comer a mesa, colocando-o em um cadeirão ou mesmo no carrinho.
  • Não acrescente farinhas no leite e nas frutas oferecidas ao bebê pois com o passar da idade eles podem não aceitar mais as fruta pura.
  • Procure alimentar seu filho de forma mais natural, evitando alimentos industrializados que modificam o seu paladar que está em formação. 


A formação do hábito alimentar saudável deve durar por toda a vida e o início da alimentação complementar é muito importante, é um momento especial.

As orientações nessa fase relacionam-se com a oferta de alimentos naturais, variados e saudáveis, evitando-se a monotonia (variar cor, sabor, textura e temperatura) e ajustar a consistência dos alimentos.
para que a criança possa recebê-los de forma mais fácil e segura.
A comida do bebê deve ter, desde o início, consistência de papa ou purê, preferencialmente, amassada com um garfo até que ele possa receber pedacinhos pequenos. Outra coisa importante é que não é necessário o acréscimo de sal, os alimentos já contêm sódio e a quantidade que a criança precisa é muito pequena. Sabemos hoje que o acréscimo de sal representa um excesso de sódio para o bebê que pode  sobrecarregar os rins e aumentar o risco de pressão alta no futuro.



Quanto à composição, a papa deve conter porções de vários grupos de alimentos:
Grupo dos cereais, pães, tubérculos e raízes: arroz, batata, macarrão, mandioca,arroz integral, inhame, cará, etc
Grupo das verduras e legumes: beterraba, abobrinha, cenoura, alface,
escarola,couve,rucula,couve-flor, etc
Grupo das leguminosas: feijão, ervilha, lentilha, grão de bico
Carnes e ovos: bife, filet de frango, peixe cozido(Cação, Pescada , Sardinha , Atum fresco, Salmão)
Óleos e gorduras: óleo de soja, canola, girassol, oliva.
Os alimentos devem ser bem cozidos com a menor quantidade de água possível, amassados e, ao final, o óleo não aquecido deve ser adicionado (1 colher de chá) sobre a papa a ser oferecida para o bebê.

Quando não é possível preparar a alimentação do bebê, não se deve oferecer a alimentação da família (amassada) para a criança. O melhor é usar os alimentos próprios para bebês, papas prontas em potinhos.
Especialmente para bebês, na fase entre 6 a 10 meses, recomenda-se não se introduzir a alimentação dos adultos pois a quantidade de sal, óleo refogado, tipo de alimento, quantidade de gordura, entre outros fatores, pode não ser saudável para uma criança que ainda é imatura (rins, intestinos, cérebro amadurecendo). Há recomendações nutricionais específicas para esses bebês que devem ser respeitadas para se reduzir o risco de desenvolvimento de doenças em curto e longo prazo. Nesse caso utilizar as papinhas prontas com preparo e alimentos específicos para bebês, é sim a melhor opção. Elas realmente não têm conservantes, contém produtos naturais e sua composição é adequada para cada idade do bebê. Pode-se pensar em usá-los de forma isolada ou combinada com outros alimentos, na composição de um cardápio saudável. Isso é uma opção, também, quando é necessário levar alimentos para o bebê em passeios, viagens e consultas. É mais seguro do que manter alimentos preparados em casa fora de refrigeração que podem entrar rapidamente em deterioração.


Calculo da Quantidade de comida oferecida ao bebê:
Para calcular o volume a ser oferecido ao bebê, use o seu peso em grama: Ex.: se seu bebê tem 6200 gramas, use os 2 algarismos iniciais (6 e 2) e multiplique por 2 : 62X2= 124 gramas, pode oferecer um pouco a mais , mas não tente dar 180 ou 200 gramas. Aos poucos você pega o jeito e aprende a fazer o pratinho sem medir.

Escolha bem os ingredientes. Os alimentos que fazem parte papinha do bebê devem sempre ter um bom aspecto, uma procedência confiável e estar dentro do prazo de validade. Legumes, verduras e frutas precisam ser bem lavados para retirar vestígios de agrotóxicos. Na hora de cozinhar, lave as mãos e evite espirrar ou tossir sobre os ingredientes.
Para fazer a papinha pique os ingredientes escolhidos e coloque em uma panela comum, alguns especialistas acreditam que o cozimento na panela de pressão retira nutrientes importantes. Deixe cozinhar em fogo baixo até que todos os produtos estejam moles. Passe por uma peneira até virar um purê quando seu filho estiver mais acostumado, amasse com o garfo e, mais para frente, ofereça picadinho. Tempere e sirva morno. O tempo de preparo é de mais ou menos 40 minutos. Leve isso em conta para administrar a fome do bebê.
O tempo de validade da papinha que não foi tocada na geladeira é de até 24 horas. Depois desse tempo, há o risco da comida estragar. Então caso passe desse limite, jogue fora. Quando sobrar muito ou você fizer grandes quantidades congele.
Para congelar papinha escolha potes do tamanho da porção que seu filho come pois facilitar na hora de descongelar. Coloque a papinha no pote, feche, cole uma etiqueta com o sabor e a data, e leve ao freezer. A papinha pode ser consumida em até três meses. Na hora de descongelar, você pode colocar diretamente no micro-ondas ou aquecer o conteúdo no fogão, mexendo sempre para não queimar.
Não esqueça de verificar se o pote que vai utilizar é adequado para congelamento e aquecimento no micro-ondas.
Quando aquecer a papinha no microondas não se esqueça de mexer e depois verificar a temperatura já que nesse tipo de forno nem sempre os alimentos aquecem por igual.


Sugestão de como introduzir a alimentação aos 6 meses:
A introdução às papinhas pode começar com uma fruta, que pode ser oferecida entre as mamadas da tarde. Escolha frutas molinhas e doces, como polpa de maçã e banana amassada. Observe como o organismo do bebê reage a cada alimento. Repita isso uma semana.
Depois de já estar dando a frutinha por 1 semana, você já pode introduzir a papa salgada na hora do almoço.
A papinha salgada pode ser feita com apenas um ingrediente no início, como a batata ou a mandioquinha. Após alguns dias, você já pode combinar dois ou três ingredientes. É claro lembrando que as primeiras papinhas já podem ser pastosas como um purê. Para isso, passe os ingredientes já cozidos na peneira pois esse processo estimula, no tempo certo, a mastigação, a deglutição, o paladar e a musculatura facial.
A nova recomendaçao da SBP

Sugestão de Roteiro do dia
Ao acordar:
Leite (livre demanda)
No meio da manhã: fruta amassada ou raspada.
Almoço:
Papinha salgada + papinha de fruta ou suco de frutas (opcional)
Lanche da tarde:
Leite (livre demanda)
Papinha de fruta ou 1 fruta raspadinha ou amassada
Jantar:
Leite (livre demanda)
Ceia:
Leite (livre demanda)


As informações compartilhadas nesse post são apenas um pouco da minha experiência e dos meus aprendizados no dia a dia como mamãe.  Estou sempre pesquisando e buscando informações sobre alimentação infantil para fornecer ao meu pequeno a melhor alimentação possível. Por isso, aconselho que qualquer problema de alimentação que encontre, procure a ajuda do pediatra do seu filho ou consulte uma nutricionista infantil de sua cidade, eles são os profissionais competentes para te ajudar.

Algumas fontes utilizadas na pesquisa:
http://www.pediatraonline.com.br/ronaldomacedo
http://www.asdeliciasdodudu.com.br/search/label/Introdu%C3%A7%C3%A3o%20alimentar

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